12 dezembro 2010
"Ainda não era meia noite. Ela estava sentada num prédio com amigos numa rua à entrada do bairro alto. Ela sorria. Era bom estar com aquelas pessoas que a vida tinha feito com que perdessem o contacto. Ele passou, os olhos cruzaram-se por apenas dois segundos mas viram-se. Vêm-se sempre. A dor voltou. Não tão avassaladora como da última vez que o tinha visto mas ela ainda estava lá. Ela aguentou, não chorou, os amigos perceberam e mantiveram-na ocupada o resto da noite, a fazerem palhaçadas para que ela risse. E ela tem um riso, e agora, um sorriso tão bonito. Ela sabe disso, sabe que é boa demais para ele. Sabe também que não é um acto presunçoso pensar isso. No entanto nem ela, nem ninguém, comanda quando se apaixona. Porque quando vai, vai mesmo a fundo. Neste momento não sente ódio dele, nem raiva. Sente-se frustrada porque caiu no conto do vigário. Sabia que não se devia ter envolvido mas deixou que uma crise hormonal ditasse o seu destino. E agora sempre que ele passa, fica frustrada porque não devia permitir que a presença dele a afectasse. Mas afecta. Ele, a nova namorada pela mão. Ela é bem melhor que isto. E um dia ela sabe que há de aparecer alguém que veja isso. Alguém que já viu mas que ela infelizmente por, lá está, não poder escolher, deixou de gostar. Um dia..."
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5 comentários:
onde encontraste isso??
encontrei? fui eu que escrevi...
então porque está entre aspas? pensei que tinhas encontrado em algum lado...
N. quis-lhe dar em tom de historia. seria demasiado coincidencia visto reflectir demasiado a minha vida.. n?
Olá! Encontrei este blog nuns devaneios online a procurar umas crónicas do Alvim (A internet é um mundo!!) e quase que falecia enquanto lia este texto ... Dizes que seria demasiada coincidência visto refletir a tua vida, no entanto, foste tu que o escreveste e estás a retratar a minha vida tim tim por tim tim !
Uma leitora aleatória.
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