05 novembro 2010
Estou a menos de 24 horas do meu aniversário e o que antes era uma noticia que me deixava sem dormir uma semana antes tem perdido cada vez mais a sua magia à medida que os anos passam. Quem passar aqui pensa talvez que este é um blog de menina mas quer eu queira, quer não, diz que já sou uma mulher. A única coisa que sinto é um vazio, no peito, na alma. Não me encontrei ainda, perdi-me demasiadas vezes pelo caminho e esqueci-me de como usar uma bússula como me ensinaram nos escoteiros quando era pequenina. Homens, situações, a vida, tudo me fez não sei se perder, se pura e simplesmente não me encontrar. Estou prestes a ser um ano mais mulher (o vestido e os saltos altos acabam por comprova-lo) e a única coisa que sei é que continuo a dar-me a pessoas que não sabem o quanto eu valho, a não verem o diamante em bruto que aqui está. Eu sei que pode parecer um pouco convencido: "olha m'esta agora pensa que é um diamante!" mas sim, eu acho que sou. Aliás acho que somos todos, até ao dia em que chega alguém que nos lapida e nos trata da maneira como devemos ser tratados, como uma pedra rara que precisa de ser cuidada, estimada e protegida. Porque um diamante em bruto não vale de muito mas um diamante lapidado (não moldado atenção), oh o diamante lapidado vale mais que tudo o quanto é rico no mundo. Ou então secalhar sou só uma pedra de carvão mesmo e mais vale manter-me assim e seguir o meu caminho. Deixar a minha brutalidade apenas para mim e lembrar-me que a lapidação, essa, também pode ser automática. Também posso ser eu, e apenas eu, a faze-la.
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