23 novembro 2010

 
da monstra.
"Acordo. Lá para fora está a chover. Olho para o relógio e vejo: 14:34. Gostava que fosse mais tarde. Arrasto-me para fora da cama quente e dirijo-me à casa de banho. Os pensamentos deambulam como sempre, um e outro e este e aquele outra vez. Vou para o sofá onde ligo a televisão. Fox, FoxNext, FoxLife, SonyEntertainment, SicMulher, SicRadical. Salto de um para o outro até encontrar algo que me agrade. Já vi mas vejo outra vez. Quanto mais fútil melhor. Só não pode falar de solidão e de dor. Não preciso que me fale de algo que já sei como funciona. As horas passam, a chuva continua. Ao menos quando chove tenho desculpa para não sair de casa. Chegou o Inverno e já não preciso de me sentir mal pelo meu afastamento do mundo. As costas doem-me de estar sempre na mesma posição, tento-me ir virando mas passado 4, 5 horas vai dar tudo ao mesmo. Passou o dia, mais um dia. Chegou a hora de ir dormir mas não há sono. Tenho tanta coisa dentro de mim que ao menos podia ter um pouco de sono. Tomo um comprimido e deixo que ele venha, acaba por vir sempre, entre um pensamento, este e aquele..."
A perspectiva de partida nunca esteve tão perto.

17 novembro 2010

Moro numa zona sui generis de Lisboa, a zona de S.Bente. Para quem não sabe fica meeeesmo em frente à Assembleia de República. Estou portanto há meia hora a tentar adivinhar o que é que aquela cambada está ali na rua a gritar.

15 novembro 2010

No inicio do mês faleceu aquele que era já considerado um dos ícones do surf mundial. Andy Irons acabaria por não resistir a um ataque de dengue, deixando uma mulher e um filho ainda a caminho. Era considerado uma pessoa integra, afável, respeitado pelos seus e por toda a gente no meio. Isto tudo para dizer que sim, a vida é curta para se andar a chorar pelos cantos. Cliché eu sei mas não deixa de ser um facto. E também que quando menos esperamos pode-nos ser tudo retirado. É assim que as coisas são. We just gotta deal with it. DEixo aqui um link da cerimónia fúnebre do Andy. Uma das mais bonitas de sempre.

12 novembro 2010

Não saio de casa há uma semana.
Não oiço música.
Pareço a gaja do "The Ring".

06 novembro 2010

05 novembro 2010

sindrome pré-aniversário + tpm + uma semana doente= post anterior.
certo....
Estou a menos de 24 horas do meu aniversário e o que antes era uma noticia que me deixava sem dormir uma semana antes tem perdido cada vez mais a sua magia à medida que os anos passam. Quem passar aqui pensa talvez que este é um blog de menina mas quer eu queira, quer não, diz que já sou uma mulher. A única coisa que sinto é um vazio, no peito, na alma. Não me encontrei ainda, perdi-me demasiadas vezes pelo caminho e esqueci-me de como usar uma bússula como me ensinaram nos escoteiros quando era pequenina. Homens, situações, a vida, tudo me fez não sei se perder, se pura e simplesmente não me encontrar. Estou prestes a ser um ano mais mulher (o vestido e os saltos altos acabam por comprova-lo) e a única coisa que sei é que continuo a dar-me a pessoas que não sabem o quanto eu valho, a não verem o diamante em bruto que aqui está. Eu sei que pode parecer um pouco convencido: "olha m'esta agora pensa que é um diamante!" mas sim, eu acho que sou. Aliás acho que somos todos, até ao dia em que chega alguém que nos lapida e nos trata da maneira como devemos ser tratados, como uma pedra rara que precisa de ser cuidada, estimada e protegida. Porque um diamante em bruto não vale de muito mas um diamante lapidado (não moldado atenção), oh o diamante lapidado vale mais que tudo o quanto é rico no mundo. Ou então secalhar sou só uma pedra de carvão mesmo e mais vale manter-me assim e seguir o meu caminho. Deixar a minha brutalidade apenas para mim e lembrar-me que a lapidação, essa, também pode ser automática. Também posso ser eu, e apenas eu, a faze-la.